quarta-feira, 18 de julho de 2012

:: Gauchos á beira do gramado:Campeões!::

Fico indignado quando classificam o futebol gaucho como uma escola de trogloditas.
Vejamos a historia da Libertadores e os treinadores gauchos,quantos campeões ali?
Antes de Espinosa,estiveram bem proximos Enio Andrade e Capitão Fronner,depois deles chegaram ao titulo Valdir Espinosa,Luiz Felipe Scolari e agora Tite.Mas Mano Menezes que está na seleção foi vice campeão decidindo com o Boca Juniors.
Não esqueço Dunga na seleção brasileira e o velho Osvaldo Brandão da academia do Palmeiras,campeão de  1954 e 77 pelo Corinthians  e da seleção brasileira.Era um tipico treinador gaucho com todas as nossas características.

Durante a campanha de 77, após a derrota do Corinthians para o Guarani por 1 x 0, Oswaldo Brandão trancou-se no vestiário com os jogadores sem deixar ninguém entrar, nem o então presidente Vicente Matheus, e numa conversa dura e franca disse que o título dependeria única e exclusivamente dos jogadores. A bronca deu resultado. A partir daquele jogo o Corinthians precisava vencer todas as partidas para chegar as finais e assim o fez, ganhando o título após quase 23 anos.

Adepto do Kardecismo, Oswaldo Brandão na manhã da partida decisiva (13/07/1977), entrou no quarto do Basílio e disse “Você vai fazer o gol do título” e explicou que havia sonhado com o lance. Se foi premonição ou jogada psicológica ninguém pode saber, mas o resultado todos nós sabemos. Corinthians 1 x 0 Ponte Preta. Corinthians campeão com gol de Basílio.

Tite veio depois,mas os paulistas jamais o esquecerão e os corinthianos nem se fala




Felipão é o mais campeão e acusado de retranqueiro,violento,enfim.Não entendo a midia esportiva brasileira insistir nisso.Deve ser para nos irritar,aliás os caipiras paulistas adoram isso e os preguiçosos cariocas menos,mas também recalcados desde Getulio Vargas e Brizola.
Nossa historia de conquistas é muito rica e orgulho-me disso.
Nossos profissionais são trabalhadores dedicados,muita transpiração e inspiração,no que resultam times bem armados e vencedores.

domingo, 15 de abril de 2012

:: Se foi um amigo ::

Triste quando eles se vao assim na calada da madrugada,quando para o coracao.
Se foi o Claudio Cabral,meu colega companheiro e- amigo de tantos caminhos e tantas jornadas(RC).
Se foi na madrugada da ultima sexta feira e deixou um rastro de conhecimento profundo do futebol.Junta-se a tantos sabios deste esporte que ja partiramm e o mais recente Clovis Moreira dias,amigo de n'os,os dois e companheiro dos Mandarins do Inter com o Cabral.
O Futebol ficou mais triste e quando ele foi velado chovia em Porto Alegre e o Inter jogaria mais tarde e ele nao estava la para ver e comentar o jogo.
Cabral era um entusiasta da ideia desta Universidade do Futebol Sem Parecdes,acompanhou de perto este sonho do Clovis e meu.
Perdi os dois e quero manter o entusiasmo de plantar esta ideia para os que virão.
Deixo aqui meu lamento e prometo seguir a luta pelo Instituto e pelo Futebol.
Não me deixem so'!

sábado, 7 de abril de 2012

Blogs como fonte independente de informação

Blogs como fonte independente de
informação
da cobertura jornalística esportiva



As relações de trabalho, as dificuldades enfrentadas pelo freelancer e como se projeta o cenário atual para aqueles que pensam em investir numa carreira longe das redações

Carlos Fabiano de Souza- (Universidade do Futebol)

A dificuldade de ingresso no mercado de trabalho leva os novos jornalistas a buscarem meios alternativos para o exercício da profissão. A Internet possibilita que cada novo profissional busque seu espaço de forma independente.

Segundo Rainho (2008:10), “a atividade freelancer permite transitar por diversas organizações e conhecer inúmeros jornalistas nos mais diferentes setores da economia”. Talvez seja essa uma das vantagens para aqueles profissionais que desejam trabalhar com mais de uma editoria no jornalismo, ou simplesmente quer administrar seu tempo e agenda, de forma a ter mais autonomia para decidir sobre sua carreira.

Muitos são os recursos disponíveis que auxiliam a produção da notícia em tempo real e longe das redações. Qualquer espaço hoje serve como a redação de um jornal, uma vez que não há limitação para o desenvolvimento da atividade jornalística. Um telefone e um computador com acesso à Internet são as ferramentas básicas para o desenvolvimento do trabalho.

A produção e disseminação de informação de forma imediata passam também pela apuração do fato, que não precisa necessariamente ser feito no local em que a notícia acontece. Criam-se dessa forma novos paradigmas a serem enfrentados pelos jovens e experientes profissionais.

As mudanças no mercado de trabalho nos últimos anos transformaram as redações das empresas jornalísticas e assessorias no Brasil. A informatização e os novos processos de racionalização e redução de custos limitaram o crescimento dos postos de empregos fixos – apesar do aumento do número de veículos impressos, televisivos e agências de comunicação.

Paralelamente a esse processo, cresceu a prestação de serviço freelancer para atender às novas configurações das redações. Quando não está a serviço da precarização do trabalho, o freelancer representa uma atividade regular positiva e empreendedora. (RAINHO, 2008, p. 13)

As grandes redações de jornais e televisão deixam de ser o objetivo de uma parcela de profissionais do jornalismo que enxerga no empreendedorismo uma forma de ter mais liberdade editorial e produtiva. Não existe mais a fixação em seguir carreira dentro de uma empresa, passando pelos estágios que levam o profissional a um alto posto dentro de uma dessas organizações.

A administração do tempo passa a ser um desafio maior ainda para quem opta por seguir a carreira de jornalista freelancer. Ser seu próprio chefe passa a significar vantagens, mas também desvantagens que ele mesmo tem de contornar.

Vencer a preguiça na apuração da informação é um dilema a ser superado. Para muitos, o comodismo acaba por ser um dos maiores responsáveis pelo fracasso nessa empreitada. A concorrência com outros colegas também deve ser levada em conta, ainda mais em um mercado em que não exige mais o diploma para o exercício de sua atividade.

Vivemos um período de crise no jornalismo e de várias mudanças em relação à sua prática. Por que um homem ou um grupo funda uma empresa para fazer imprensa? Grande ou pequena, para quê? Se for para ganhar dinheiro, pura e simplesmente, não estará fazendo imprensa. Se for para ganhar poder, seria o poder de realizar um intento intelectual, a possibilidade de contribuir, nos limites que são intrínsecos à atividade, para o avanço da sociedade. Não é o que se vê. (SOUZA, 1998, p. 107)

A decisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal, por 8 votos a 1, de 17 de junho de 2009, pela não obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, jogou mais dúvidas sobre o já acalorado debate. É possível que qualquer pessoa possa ser considerada jornalista sem o devido preparo que só um curso de graduação, ao longo do período de 4 anos, possibilita?

Falta de ética, abusos de quem detém a prerrogativa de ser jornalista, deficiência dos cursos de graduação espalhados pelo país, e até mesmo uma possível censura da regulamentação do jornalismo, estabelecida na época da ditadura militar, entre outros fatores, são exemplos usados para defender a não obrigatoriedade do diploma no exercício da profissão. Que mudanças podem ocorrer no cenário da comunicação diante desses novos fatores?

As fontes de informação, notadamente no jornalismo esportivo, lidam diariamente com dezenas de veículos de comunicação, o que dificulta a compreensão do papel dos novos espaços como os blogs independentes.

O receio em não saber, em princípio, com quem estão lidando, torna difícil o começo desse relacionamento. Esse é um dos obstáculos que o novo profissional de jornalismo tem de enfrentar para que seu trabalho seja legitimado.

Na relação entre o jornalista e a fonte, os repórteres sabem que não se ganha informação de graça: a divulgação de uma notícia sempre tem um objetivo, que contraria uns e favorece outros. (SOBREIRA, 1993, p. 17)

Os grandes meios de comunicação monopolizam as atenções do consumidor final de notícia, bem como os investidores. Isso “sufoca” as novas iniciativas. A prática do jornalismo esportivo de forma independente esbarra nesse aspecto, tornando árdua a tarefa de quem busca seu espaço e pensa o jornalismo de uma forma diferente.

O objetivo desse estudo é expor o processo da criação de um veículo independente de comunicação, especificamente voltado ao jornalismo esportivo, além de mostrar como funciona a produção da notícia de forma empreendedora, apontando as vantagens e desvantagens em atuar de forma independente em um mercado saturado.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

::Gestão do Futebol 2::



O cenário atual das entidades desportivas profissionais nos países desenvolvidos demonstra que o mercado brasileiro de clubes de futebol, embora com grande potencial, ainda permanece muito distante da realidade da Europa e EUA.

Por:Alexandre Costa
www.blogArCosta.blogspot.com
Em parte, este abismo econômico entre os mercados brasileiro e norte-americano / europeu deve-se a diferença do poder aquisitivo da população, que sem dúvida é um dos entraves para que o mercado de consumo de futebol no Brasil se desenvolva. Entretanto a principal questão que hoje dificulta o crescimento dos negócios em clubes de futebol no Brasil reside no fato de as entidades profissionais de futebol não terem se transformado nos principais players da Indústria Esporte no Brasil, fundamentando seus negócios no conceito de consumo de produtos / serviços e entretenimento, ficando ainda restritas a poucas fontes de receitas e em muitos clubes com uma grande dependência da negociação de atestados liberatórios ou de forma mais simplista, da transação de atletas.

Esta é a evolução do modelo de negócio praticado por grandes clubes de futebol na Europa e franquias dos EUA e que deve ser utilizado como balizador para a mudança a ser praticada pelos clubes de futebol no Brasil:

Percebe-se pela linha do tempo acima que as entidades desportivas profissionais buscaram no decorrer dos anos desenvolver seu modelo de negócio, em primeira instância convertendo-se em Unidades de Negócio, na mudança de sua estrutura jurídica e principalmente na adoção de uma gestão corporativa para a seguir tornarem-se verdadeiras Unidades de Consumo e Entretenimento. Atualmente, graças ao avanço das novas tecnologias, as franquias americanas e clubes de futebol da Europa estão se tornando Unidades Geradoras de Conteúdo, fazendo com que seus negócios estejam alinhados com a presente era digital.

A viabilidade econômica de clubes de futebol é fundamental, pois o principal objetivo de qualquer clube é o investimento contínuo no departamento de futebol profissional, que sem dúvida é a maior despesa destas entidades em todo o Mundo. Assim, embora a razão de existir dos clubes de futebol seja montar equipes competitivas, que ganhem títulos, o departamento de marketing torna-se essencial para o sucesso da gestão da entidade, visto que será através da geração de receitas proporcionadas pelas estratégias de marketing que os clubes terão mais recursos para investir em seus projetos esportivos.








::Gestão no Futebol ::

Sugestões para os gestores esportivos



Por:Alessandro Rodolpho Rodrigues

1) Participem e estimulem a participação em eventos como a Expo Management, Fórum de Inovação e outros eventos do tipo.

Não são eventos sobre esporte e sim sobre gestão. Mas certamente já temos muita gente nos clubes que entendem muito bem sobre o que ocorre dentro do campo. Líderes esportivos precisam entender de liderança, negociação, planejamento, estratégia, finanças, enfim gestão.

2) Pensem na implantação de estruturas como um PMO (escritório de projetos) no clube.

Muitas atividades desenvolvidas dentro de um clube podem ser gerenciadas como projetos. Um escritório de projetos pode assumir a responsabilidade pela disseminação do conhecimento e pelo gerenciamento dos projetos internos, reduzindo em muito os riscos mais comuns e aumentando as chances de sucesso. E é possível começar com poucos recursos, aproveitando profissionais interessados que estão nos próprios clubes.

3) Inscreva seu clube para ser avaliado por um dos institutos de excelência em gestão.

Não pensem nos prêmios a princípio. O intuito inicial é conhecer as práticas das empresas de sucesso e obter um detalhado relatório sobre a gestão do seu clube, economizando anos de tentativa e erro.

4) Disponibilize e incentive a leitura de publicações como a HSM Management, Harvard Business Review e outras sobre gestão, negociação, liderança e assuntos relacionados, além das publicações sobre esporte.

O gestor atual precisa conhecer os desafios atuais. Mais do que isso, líderes do futuro devem ser desenvolvidos levando em consideração o fato de que terão que tomar decisões sobre novos problemas e novos contextos.

Estimulem colaboradores de todos os níveis na busca por novos conhecimentos e novas atitudes.

E visitem meu blog: http://epeople.wordpress.com

Avanços foram obtidos na administração do futebol brasileiro nos últimos anos, porém não na velocidade necessária e temos ainda muito a melhorar na gestão dos nossos clubes.

Felizmente percebe-se o movimento de alguns clubes no sentido de buscar melhorias, e, ao mesmo tempo em que há uma falta de profissionais qualificados, o ambiente do futebol se mantêm ainda bastante fechado para o ingresso de pessoas interessadas no progresso do esporte.

Enfim, após ter atuado por quase 12 anos no Departamento de Futebol Profissional de um dos maiores clubes do país, pretendo me dedicar a lutar para a divulgação e implantação de um modelo de gestão eficiente para os clubes de futebol do país.

Através de um treinamento intensivo e constante, venho buscando conhecer as melhores práticas adotatas nas empresas, que, ao seu devido tempo, poderão ser levadas ao futebol brasileiro, carente de boas soluções.

Meritocracia, gerenciamento de projetos, planejamento estratégico, Balanced Scorecard, Business Intelligence, além dos fundamentos e critérios da FNQ, do IPEG ou equivalentes, podem e devem ser adaptados para a gestão esportiva:

Fundamentos: pensamento sistêmico; aprendizado organizacional; cultura de inovação; liderança e constância de propósitos; orientação por processos e informações; visão de futuro; geração de valor; valorização de pessoas; conhecimento sobre o cliente e o mercado; desenvolvimento de parcerias e responsabilidade social.

Critérios: liderança; estratégias e planos; clientes; sociedade; informações e conhecimento; pessoas; processos e resultados.

Vivemos, no entanto, em um momento bastante primitivo para falarmos em muitas destas soluções para o futebol, porém devemos criar maneiras de incentivar a adoção de boas práticas pelos gestores dos nossos clubes.

Para começar qualquer trabalho, é necessário que o clube tenha, no mínimo, um controle efetivo e integrado do que faz, das suas informações e dos seus processos, e inicio meu trabalho com a criação de soluções que propiciem aos clubes o controle total do que ocorre em cada processo dentro do Departamento de Futebol, através de softwares criados especificamente com esta finalidade, baseado na minha experiência em cada setor do Departamento de Futebol Profissional do Corinthians, onde inclusive software semelhante foi criado, com inúmeros benefícios.

Foco não é no software, mas na solução, nos processos adequados, na integração, que permita uma organização básica e o mínimo de condições para a realização de um bom planejamento e para a tomada de decisões embasadas em informações e no conhecimento gerado.

E então, a partir daí, poderemos começar a adotar novas práticas em busca da excelência em gestão.

Futebol não deve ser apenas administrado como uma empresa,deve ser administrado como as melhores empresas!